Vigilante abordou o suspeito momentos antes da confusão ao notar que o homem iria furtar o celular de outra paciente
O homem suspeito de agredir e furtar o celular de um vigilante na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 1 de Ceilândia foi identificado e detido nesta sexta-feira (1º/11).
O suspeito foi encontrado no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Ceilândia. Na sequência, foi levado para a 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro). O nome dele não foi divulgado.
O suspeito foi qualificado e prestou depoimento. Como não havia pedido de prisão, ele assinou termo circunstanciado e foi liberado. O caso segue em investigação na 19ª DP (Ceilândia Norte).
Agressão gravada
A agressão ao vigilante na UPA 1 de Ceilândia aconteceu na madrugada de quinta-feira (31/10) e foi filmada. Segundo o trabalhador, ele agiu após perceber que o suspeito, que era atendimento no local, tentava pegar o telefone de outra paciente.
O suspeito teria se irritado e partido para cima do vigilante ao ser abordado. Os dois trocam socos ainda dentro da UPA e, pouco depois, o paciente foi levado para fora da unidade de saúde – mas em posse do celular do segurança. Testemunhas registraram o momento da confusão.
Gilmar Rodrigues, diretor do Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF), criticou a falta de câmeras de monitoramentos e de funcionários em número suficiente para garantir a segurança das UPAs. No caso específico da unidade de Ceilândia, há apenas três profissionais, que se revezam para atuar no local.
No entanto, Gilmar lembrou que há uma licitação em andamento para contratação de novos vigilantes – apesar de o processo ainda não ter sido concluído. “Esses fatos ocorrem quase que diariamente nas UPAs, devido ao efetivo ser muito baixo e não haver auxílio de câmeras. Três profissionais em uma unidade de pronto-atendimento daquele tamanho é impossível para fazer a segurança”, ressaltou.
Procurado pelo Metrópoles, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), responsável pela gestão das UPAs, confirmou o ocorrido e que o vigilante teve o celular levado. A vítima registrou boletim de ocorrência.
“Para evitar incidentes semelhantes, intensificaremos as rondas dos vigilantes, especialmente nos horários de menor circulação de profissionais, como na madrugada. Além disso, um processo de contratação está em andamento, o que possibilitará o aumento do efetivo e a instalação de um sistema de câmeras de segurança, reforçando a proteção dos colaboradores e pacientes”, respondeu o Iges-DF.
Fonte: Metropoles